Você pode conhecer estas maravilhas o ano todo, claro que muitos tem preferencia por ver a neve, mas esta região da Patagônia tem muito mais a oferecer em suas outras estações.
Outono é carregado de cores avermelhadas, ocre, marrón e amarelo que remonta um cenário perfeito para os fotógrafos amantes destas cores. A Primavera jardinada por Lupinos de várias cores, os famosos Amancays que representa Bariloche, é símbolo de amor incondicional. Alguns jardins com Tulipas que foram trazidas por imigrantes europeus fazem da cidade e seu entorno um lindo colorido.
Já o Verão é liberdade, sair a caminhar pelas ruas e montanhas, degustar das delicias das facturas e empanados, tomar saborosos cafés nas confeitarias, padarias e restaurantes sem esquecer de tomar um saboroso sorvete, e aqui eu recomendo o Tante Frida, chocolataria e café, localizada na Avenida Mitre, 660 no centro de Bariloche.
Nada impede você de respirar ar puro e comtemplar estas grandes montanhas a qualquer época do ano. Pensa nisso!
Fotos na sequencia a baixo foram registradas por Mariza Carvalho em viagem de automóvel para Patagônia em 2018.
A partir de agora passo este relato e texto explicativo de uma Guia de Turismo local de Bariloche, chamada Sabrina Poinho, ela explica muito bem esta história com detalhes interessantes, para que o viajante se sinta confiante, capaz de decidir sem arrependimentos,- Ainda recomendo para quem for a Bariloche, procurar as bibliotecas e ou secretarias de turismo, por contar com informações em livros e informativos locais.
Boa leitura!!
É o que deseja a jornalista Mariza Carvalho, especializada do Turismo
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Saiba um pouco sobre a História de Bariloche aqui no blog Bariloche para Brasileiros. Quando a cidade foi fundada?
Quando se iniciou o turismo? Por que Bariloche se tornou um dos principais destinos turísticos da Argentina? Lá pelo final do século XIV, entre conflitos entre homem branco e indígenas, na zona perto do grande lago Nahuel Huapi, começam a se instalar por esta zona os primeiros colonos que eram pequenos agricultores e tinham gados e, além disso, chegou um comerciante alemão que tinha chegado do sul do Chile e se chamava Carlos Wiederhold. Este senhor usava o grande lago para transportar suas mercadorias (lã, couro, manteiga, queijo) até o Chile e este comércio foi atraindo aos poucos outros povoadores. Imagina que a
Patagônia nesta época ainda eram terras desconhecidas e recentemente estava sendo povoada pelo homem branco (antes já era povoada pelos indígenas que foram massacrados pelos militares, já ouviram falar no General Roca?).
A Argentina queria sua soberania nas terras do sul, por isto começou a gerar políticas para distribuir terras aos imigrantes que queriam se aventurar por estas bandas. Voltando a Bariloche, com esta política e a pedido dos povoadores importantes da zona, o General Roca (já falaremos dele) decretou a fundação da Colônia Agrícola do Nahuel Huapi (Bariloche) em 3 maio de 1902.
A partir deste momento começou o crescimento da cidade, que foi incentivada com a chegada de um italiano chamado Primo Capraro e em pouco tempo passou a ser o homem mais importante do povoado. Foi o responsável pela construção das casas da cidade (hoje em dia podemos ver algumas delas em Bariloche), ele usava as árvores da zona para construir (casinhas de madeira), imaginem como os bosques ficaram devastados nesta época.
Bariloche ia crescendo cada vez mais, os lotes de terra já estavam sendo distribuídos, o comercio crescia e as pessoas importantes da cidade, por exemplo, um tal engenheiro que se chamava Emilio Frei, começaram a exigir do presidente da época (Yrigoyen) a chegada do trem na região. De tanto insistir e depois de alguns “piquetes” dos povoadores, finalmente chega a extensão da linha do trem que vinha de Buenos Aires e em 1934 chega o primeiro trem a Bariloche, imagina a festa que se armou! Finalmente Bariloche estava conectada com “a civilização” portenha.
Com a chegada do trem, a cidade crescia sem parar e esta situação de estar conectada com Buenos Aires começou a gerar outra atividade econômica para a cidade, adivinhem qual? O turismo. O ano de 1934 foi um importante, também porque no meio de todo o crescimento da cidade, o impacto na natureza era grande, e foi quando um personagem teve uma idéia genial lá pelos anos 20, de incentivar a criação de zonas protegidas, como parques, para preservar estes lugares para as gerações futuras. Esta é uma história que merece um capítulo a parte, a história relacionada com a vida do Sr. Francisco Pascacio Moreno, mais conhecido como Perito Moreno, grande personagem e ícone da
Patagônia. Já falarei dele.
Voltando ao ano de 1934, que eu dizia que foi importante, foi também o ano da fundação do Parque Nacional Nahuel Huapi (hoje podemos ver a casa histórica de pedra e madeira da prefeitura “Intendencia” do Parque Nacional em pleno centro de Bariloche). Então começaram a aplicar politicas de conservação além de fomentar o crescimento da cidade. Uma das normas aplicadas pelo presidente dos Parques Nacionais foi mudar a construção das casas, que antes eram todas feitas de madeira. Aí começam as construções de pedras e o uso do cimento, mas claro, a madeira era usada para dar um estilo rústico nas novas construções.
O presidente dos Parques Nacionais e o arquiteto que comanda as novas construções eram irmãos, sobrenome Bustillo, foram eles que começaram a idealizar a cidade que hoje podemos apreciar. A praça principal de Bariloche, o Centro Cívico, é o grande símbolo desta época que buscava o crescimento da cidade e do turismo e foi construído com a administração dos irmãos Bustillo. O Hotel Llao Llao, a Catedral, uma escola e um hospital também sao exemplos de obras em pedra e madeira dos anos 30 e 40.
Nesta época começou a chegar o turismo de elite vindo de Buenos Aires, já que Bariloche passou a ser considerada a Suíça argentina (Hotel Llao Llao e Tunquelén foram construídos para atender este público), viajar para a Europa estava caro e o mundo estava em crise. Bariloche de um pequeno povoado passou a ser a cidade mais importante do sul da Argentina, atraindo cada vez mais visitantes por sua exuberante natureza, com montanhas (já vou falar como surgiu a atividade do ski na cidade), bosques e lagos cristalinos. Bariloche teve uma explosão de população e vem crescendo constantemente, graças ao turismo principalmente.
Hoje em dia a cidade tem uma população por volta de 150000 habitantes e uma superestrutura turística enorme, para todos os gostos. Além da atividade turística, Bariloche importa ciência e cientistas para todo o mundo (capítulo a parte).
Texto e adaptação - Sabrina Poinho com algumas fotos época.
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