Falando em sustentabilidade, onde o peso da palavra em si chama-se responsabilidade. Não poderia deixar de destacar e reafirmar que em Mato Grosso presenciei este engajamento bem de perto, enquanto sociedade e comunidade que trabalham juntos - integrados como forma de minimizar as carências e dificuldades econômicas por conta da sazonalidade. O Turismo etnográfico de portas abertas ao conhecimento e a integração cultural a todos;
Foto da jornalista Mariza Carvalho com Cacique Roni e integrantes dos povos Parecis de Mato Grosso. |
Conhecendo sobre “Campo Novo do Parecis”.
Campo Novo do Parecis possui uma história similar a da maioria dos municípios matogrossenses. Porém, assim como eles, tem suas peculiaridades, fatos marcantes e que merecem destaque. O primeiro registro é do século XVII e foi feito pelos Bandeirantes que buscavam mão-de-obra indígena na região para trabalhar na exploração de diamante na região do Rio Cuiabá e Pontes e Lacerda.
Em 1917, o antropólogo Edgar Roquette-Pinto, que acompanhava Marechal Rondon, chamou a região de “Chapadão triste, arenoso e inóspito”. Estes vieram e foram embora. Os primeiros que vieram para ficar foram os colonos sulistas que ‘aportaram’ por aqui na década de 1970.
Eles vieram do sul com um propósito, um desafio: transformar o terreno arenoso do cerrado em chão produtivo para criar seus filhos, netos, bisnetos e assim por diante.
Primeiro veio a cana-de-açúcar, da valentia dos cooperados da Coprodia, depois o atrevimento do plantio de soja na terra inadequada e desprovida de nutrientes e por fim, a diversificação invejável de culturas: girassol, milho, milho pipoca, milheto, gado, algodão, entre outros.
Os indígenas que habitam a região há milênios são chamados de Parecis e se auto-denominam Haliti, que na língua deles significa Gente. Os não-índios são chamados por eles de Imóti (imuti).
Estes índios são conhecidos pela sua docilidade. Chamados até hoje de Índios de Rondon.
Sobre a “Rota Parecis”.
Para o prefeito Mauro Valter Belfert, o maior desafio do roteiro Rota Parecis, criado pela prefeitura em parceria com as lideranças indígenas para alavancar o turismo na região, foi a aproximação com os índios e fazê-los perceber que o turismo etnológico seria um grande negócio para todos. “Além da barreira do idioma, eles não acreditavam que o turismo poderia ajudá-los, mas hoje eles estão vendo que essa atividade tornou-se uma fonte de renda”.
A aldeia Wazare foi criada há cinco anos no intuito de desenvolver o turismo indígena. O local foi escolhido estrategicamente, às margens do Rio Verde que, com suas águas transparentes, já é um atrativo à parte. Ali vivem atualmente 37 índios de doze famílias da etnia Parecis.
O cacique Roni Azoinaice conta que antes eles moravam na aldeia de seus avós e que a convivência que ele teve na universidade com outras pessoas o despertou para a criação do produto turístico. “Durante o tempo em que estive na cidade estudando eu senti essa necessidade que os não-índios têm em conhecer um pouco mais da nossa cultura, por isso decidimos criar a aldeia Wazare especificamente voltada ao turismo”, relata.
A aldeia Wazare foi criada há cinco anos no intuito de desenvolver o turismo indígena. O local foi escolhido estrategicamente, às margens do Rio Verde que, com suas águas transparentes, já é um atrativo à parte. Ali vivem atualmente 37 índios de doze famílias da etnia Parecis.
O cacique Roni Azoinaice conta que antes eles moravam na aldeia de seus avós e que a convivência que ele teve na universidade com outras pessoas o despertou para a criação do produto turístico. “Durante o tempo em que estive na cidade estudando eu senti essa necessidade que os não-índios têm em conhecer um pouco mais da nossa cultura, por isso decidimos criar a aldeia Wazare especificamente voltada ao turismo”, relata.
A aldeia é banhada pelo rio Sacre, de águas transparentes e esverdeadas. A poucos metros da aldeia, após percorrer uma pequena trilha, estão as Quatro Cachoeiras, um lugar lindíssimo que todos tiveram a oportunidade de visitar.
Além disso, os jornalistas ainda estiveram no Salto Utiariti, um dos mais belos do Estado. Uma queda d`água de quase 90 metros, onde os mais corajosos puderam praticar rapel. A cachoeira fica a 120 km da cidade dentro das terras indígenas Utiariti. O rio Papagaio, que forma a cachoeira, também é famoso por suas corredeiras e águas transparentes.
Campo Novo
Campo Novo do Parecis teve um crescimento muito rápido após a sua emancipação e ficou conhecida como a terra dos encantos e hidrografia privilegiada. O município é cortado por seis rios e 33% de seu território é de reservas indígenas. Hoje o município possui 12 aldeias.
Além do turismo indígena, o município também é conhecido pelas correntezas e claridade de suas águas onde há vários locais propícios à prática do rapel, rafting, canoagem, flutuação e mergulho livre. Entre os pontos turísticos da região estão o Balneário Verde, a Ponte de Pedra e as cachoeiras Salto Belo, Utiariti e Quatro Cachoeiras.
Campo Novo do Parecis teve um crescimento muito rápido após a sua emancipação e ficou conhecida como a terra dos encantos e hidrografia privilegiada. O município é cortado por seis rios e 33% de seu território é de reservas indígenas. Hoje o município possui 12 aldeias.
Além do turismo indígena, o município também é conhecido pelas correntezas e claridade de suas águas onde há vários locais propícios à prática do rapel, rafting, canoagem, flutuação e mergulho livre. Entre os pontos turísticos da região estão o Balneário Verde, a Ponte de Pedra e as cachoeiras Salto Belo, Utiariti e Quatro Cachoeiras.
Jorn. Mariza Ortiz Carvalho
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