Roteiros nacionais de imigração
(Foto: Propriedade Bauer, em Vila Itoupava / Blumenau) |
Os tombamentos são apenas uma parte do grande leque de ações de preservação e valorização do patrimônio dos imigrantes em Santa Catarina, já que existe um termo de cooperação técnica que envolve, além da FCC e do Iphan, também os ministérios de Cultura, de Turismo, de Desenvolvimento Agrário, e no nível estadual, a Santur, Epagri, Sebrae/SC e 16 prefeituras municipais. Para se integrarem no projeto, os municípios se responsabilizaram pela adequação da legislação municipal de preservação do patrimônio e ordenamento territorial, pelo fortalecimento das áreas rurais, pela criação de Centros de Recepção e Venda de Produtos Tradicionais, pela disponibilização de técnicos e pela criação de um fundo municipal de preservação.
Nesse primeiro momento, foram tombados 110 imóveis, distribuídos nos municípios de Ascurra, Blumenau, Indaial, Itaiópolis, Jaraguá do Sul, Joinville, Orleans, Pomerode, São Bento do Sul, Timbó, Urussanga, Vargem e Vidal Ramos. Deste total, 51 foram tombados pelo Governo estadual, e 59 pelo federal. Entre eles estão a Casa Fleith, na Estrada do Pico, em Joinville, a Casa Polaski, no Alto Paraguaçu, em Itaiópolis, a propriedade da Família Bez Fontana, em Rio Américo Baixo, Urussanga, a Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Warnow, Indaial, a Propriedade Bauer, em Vila Itoupava, Blumenau, as Casas Comerciais Haut e Weege, em Testo Alto, Pomerode, e o Sítio Tribess, uma pequena propriedade rural localizada no interior do bairro Wunderwald, em Pomerode, onde o projeto Roteiros Nacionais de Imigração foi lançado, em agosto.
A previsão é de que ao longo de 2008 mais de mil imóveis sejam tombados, nas esferas municipal, estadual e federal. “Os tombamentos são um reconhecimento da representatividade cultural dessas etnias”, afirma a diretora de Patrimônio da Fundação Catarinense de Cultura, Simone Harger.
O Iphan, a FCC e as prefeituras envolvidas vinham trabalhando há mais de vinte anos nesse projeto, identificando espaços e tradições remanescentes da peregrinação italiana, alemã, polonesa e ucraniana. Desde a década de 1980, foram realizados estudos, inventários e ações de preservação. A experiência pioneira,que teve início em Santa Catarina, agora também será realizada em outros Estados brasileiros.
Fonte: FCC- Fundação Catarinense Cultura
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