Dada a largada, começa o arrastão da pesca da tainha no litoral de Santa Catarina


Foto/ mariza Ortiz Carvalho
 A partir do dia 15 de maio, placas são colocadas nas praias de Santa Catarina comunicando a proibição da prática do surfe por causa da chegada dos cardumes de tainhas. Que vem da Lagoa dos Patos, no estado do Rio Grande do Sul e vai até o litoral carioca em busca de águas mais quentinhas para desovar. Quase 70 % das Tainhas são capturadas no litoral catarinense.
A temporada de pesca da tainha vai de 15 de maio até o dia 15 de julho.

Foto/divulgação
O Litoral de Santa Catarina está repleto de colônias de pescadores artesanais, com a chegada das tainhas nas praias do Estado eles irão festejar demais a fartura que está por vir. A comunidade local, pescadores e turistas de todas as partes do Brasil e do mundo fazem um mutirão nas praias catarinense. É preciso trabalhar forte e acordar cedo antes mesmo do amanhecer lá por volta das 5:30 hs os pescadores estão prontinhos e espertos aos sinais de Tainhas próximas da praia. A tainha é uma pescaria de ventos, sobe o litoral com o vento sul e encosta nas praias com o vento nordeste e dai os pescadores entram em ação!

Tudo começa com o trabalho dos especialistas chamados de “vigias”, pescadores experientes de olhos bem treinados e a missão deles é observar os cardumes de Tainhas na imensidão do mar e avisar aos colegas que estão na praia à hora de por os barcos na água. Os vigias ficam observando o mar nos pontos mais altos dos costões ou dentro de uma casinha de madeira bem pequena de uns 5 metros de altura instalada na praia.

foto/divulgação
Os olheiros geralmente acenam e apontam com um pano o local exato do cardume que se caracteriza por uma grande mancha vermelha. Apesar de hoje em dia a grande maioria dos vigias já possuírem rádios.

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Na hora da chegada das tainhas e a colocação dos barcos nas águas é uma corrida contra o tempo, as forças dos braços movem a canoa. Uma longa rede é lançada com muita habilidade pelos pescadores no mar e daí começa o cerco do cardume.
Na hora da saída da tainha a praia já está lotadas de pescadores e turistas voluntárias que se aproximam para ajudar a puxar a rede, desde crianças, adultos e idosos, algumas pessoas chegam até a se emocionar quando meia hora de esforço dá certo o lanço (como é chamado quando se tira aproximadamente 500 tainhas).

foto/divulgação
Depois de contado as tainhas, os peixes são divididos entre os pescadores, uma parte é reservada para quem ajudou na captura, pescadores veteranos que já não podem mais ir para o mar, também recebem uma tainha, como respeito ao mais velho.
Texto/divulgação

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