Bariloche e as outras
principais cidades do sul da Argentina devem ficar isoladas pelo menos até
domingo devido aos efeitos das cinzas do vulcão chileno Puyehue no espaço aéreo
e nas estradas que ligam a região da Patagônia ao restante do país.
Edição:Turismo daqui para o Mundo
A informação
foi dada por um comitê de emergência criado para administrar as consequências
do vulcão, do complexo Puyehue-Cordón Caulle, que entrou em erupção no sábado e
espalhou cinzas por Argentina, Paraguai e Uruguai.
Cidades como
Bariloche, San Martín de los Andes e Villa Angostura sofreram, nesta terça,
cortes de luz e de água. Autoridades locais disseram que o peso das cinzas caiu
sobre os fios de alta tensão e sobre casas e hotéis, afetando o abastecimento
de energia e os serviços de água e telefonia.
“A situação
está sob controle. No entanto, temos que levar água de porta em porta para cada
morador, principalmente em Villa Angostura, a mais afetada”, disse o governador
da província de Neuquén, Jorge Sapag, à imprensa local.
As aulas foram
suspensas em vários locais da Patagônia, e o comércio funcionava de forma
limitada em Villa Angostura.
Voos
No fim da
tarde desta terça-feira, começaram a decolar os primeiros voos que tinham sido
cancelados pela manhã nos dois principais aeroportos de Buenos Aires
(Aeroparque e Ezeiza).
Os primeiros
aviões que chegaram à cidade exibiam uma ampla camada de cinzas, formada por
resíduos do vulcão.
No total,
segundo a administração desses aeroportos, mais de 60 voos tinham sido
suspensos. Entre os reagendados para esta mesma terça estavam voos para o Rio
de Janeiro e São Paulo.
Mas o Serviço
Nacional de Meteorologia informou que uma nova nuvem de cinzas poderia chegar à
cidade de Buenos Aires na quinta-feira, e não se sabe se o transporte aéreo
será novamente afetado.
O comitê decidiu
emitir um boletim sobre a situação a cada seis horas, durante toda esta semana.
O órgão é formado por integrantes do setor aeroviário, das companhias aéreas e
do serviço de meteorologia, entre outros.
Até esta
terça, a previsão era de que os voos para outros destinos da Argentina, como
Ushuaia, na Terra do Fogo, também na Patagônia, e Posadas, na fronteira com
Brasil, fossem retomados na quinta.
Mas o acesso
aéreo e viário a Bariloche e El Calafate, entre outras cidades, provavelmente
só será retomado no domingo.
Países afetados
A onda de
fumaça atingiu também o espaço aéreo do Uruguai e do Paraguai e causaram
transtornos.
No aeroporto
internacional de Carrasco, em Montevidéu, quase todos os voos, incluindo para o
Rio e para São Paulo, foram cancelados, segundo o site da administração do
terminal.
“O aeroporto
não está operando”, disse o chefe de operações de Carrasco, Nelson Rosano.
Em Assunção,
assessores da administração do aeroporto Silvio Pettirossi informaram à BBC
Brasil que “pelo menos 15 voos foram cancelados” e que a expectativa era de que
voltassem à normalidade nesta quarta, dependendo das informações do serviço de
meteorologia.
Do aeroporto
de Santiago, capital do Chile, vários voos decolaram, segundo informações do
site do aeroporto.
De acordo com
a imprensa local, os voos cancelados sairiam principalmente de Santiago para
Buenos Aires.
No início da
noite, porém, os voos suspensos estavam sendo reprogramados para esta mesma
terça-feira.
Especialistas
disseram que os ventos levaram as cinzas do vulcão para a Argentina e outros
países vizinhos, dificultando o transporte aéreo regional.
No Chile,
autoridades locais informaram que foi ampliada a área de evacuação dos
moradores e turistas devido aos temores de avalanches provocadas pelas chuvas
na região vulcânica.
Confira algumas fotos:
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