O turismo na vitrine
Nunca é demais repetir que o turismo hoje no Brasil vive um momento único. Sediar dois eventos do porte de uma Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos é, sem dúvida, uma oportunidade sem igual e que, por tudo que pode proporcionar, merece ser aproveitada em sua plenitude. Porém, não podemos esquecer que vários fatores vêm fomentando o crescimento do setor em todo o país, ao longo dos últimos anos, e que é preciso dar continuidade ao que está sendo proposto e realizado nas cidades brasileiras.
Divulgação: Turismo daqui para o mundo
Nunca é demais repetir que o turismo hoje no Brasil vive um momento único. Sediar dois eventos do porte de uma Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos é, sem dúvida, uma oportunidade sem igual e que, por tudo que pode proporcionar, merece ser aproveitada em sua plenitude. Porém, não podemos esquecer que vários fatores vêm fomentando o crescimento do setor em todo o país, ao longo dos últimos anos, e que é preciso dar continuidade ao que está sendo proposto e realizado nas cidades brasileiras.
O Brasil fechou 2010, registrando a
visita de mais de 5 milhões de turistas estrangeiros, segundo a Embratur. O
setor, como um todo, deve crescer entre 10 e 12% em relação a 2010. A promoção
de eventos é um dos fatores que puxam este crescimento, com destaque para São
Paulo, que recebeu 120 das 172 grandes feiras organizadas no país este ano. Já
o Rio atraiu 154,4 mil pessoas em encontros , representando um aporte de US$
153,7 milhões. Os dados são dos Conventions and Visitors Bureaux das duas
cidades.
Isso mostra que, à parte de sermos os
anfitriões da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016, devemos propiciar um
avanço nas áreas de hotelaria e alimentação. No primeiro caso, o caminho é
investir no turismo de negócios. As capitais com vocação de lazer e eventos
continuarão a receber visitantes, mas é cada vez mais viável a expansão desta
modalidade para cidades médias de relevância regional. Na gastronomia, as
franquias prosseguirão em seus planos de ampliação, tanto em shopping centers
quanto em lojas de rua, mostrando que o empresariado está mais
profissionalizado. E até o enriquecimento das classes C e D nos é favorável
neste momento, já que tanto o almoço comercial quanto o jantar casual de lazer
terão significativo incremento.
Apesar de termos inúmeros motivos para
comemorar, teremos grandes desafios pela frente, principalmente aqueles ligados
à tributação do setor. Com a formalização e a informatização plena dos meios de
pagamento no varejo, a alimentação fora do lar, em sua esmagadora maioria
composta de pequenos empresários, viu suas margens quase desaparecerem na
última década. A substituição tributária, o oligopólio dos cartões e tíquetes e
o não crescimento do limite de enquadramento do Simples Nacional tornaram a
atividade de ser dono de bar e restaurante no Brasil quase um ato heróico. E
sem mencionar os IPTUs dos grandes centros e a concorrência informal, que não é
devidamente combatida pelas prefeituras e pelos estados.
A vitrine em que se encontra o Brasil
proporciona, desde já, uma exposição sem precedentes. No entanto, para manter
esta posição privilegiada, será preciso arregaçar as mangas e por a mão na
massa. Ainda há muito a ser feito pelo turismo.
Comentários
Postar um comentário
Sua opinião é importante! Deixe seu comentário: